Durante sabatina com universitários na noite desta quarta-feira(3), a candidata à governadora Gleisi Hoffmann afirmou que seu governo vai dar respostas rápidas e efetivas no combate à criminalidade e violência no estado. Ela disse que a falta de vontade política, a incompetência administrativa e as promessas não cumpridas pelo atual governo são as principais razões pela grave crise na segurança pública do Paraná. A sabatina foi promovida pela Universidade Positivo, em parceira com o portal RIC Mais.
Gleisi afirmou que o descaso do governo com a segurança pública, evidenciado nas viaturas sem combustível, policiais desmotivados, delegacias sem estrutura e rebeliões nas penitenciárias, transmite uma mensagem de desordem para a sociedade, de que o estado não está preparado para investigar e punir os criminosos.
“O candidato à reeleição se elegeu dizendo que iria criar mais 10 mil vagas no sistema penitenciário do Paraná e até agora não criou sequer uma nova vaga. Desde 2011, o governo federal liberou R$ 137 milhões para que o estado fizesse novas penitenciárias. O governador diz que contratou 390 novos agentes penitenciários, mas 400 saíram do sistema. Precisa ter força de vontade e competência administrativa para fazer, de fato, novas penitenciárias, contratar pessoal e esvaziar as delegacias.”
Na avaliação da candidata da coligação Paraná Olhando Pra Frente, a rebelião de Cascavel era uma situação anunciada, que poderia ter sido evitada. “Desde que o governador assumiu já se sabia que era uma situação que precisava ter uma rápida intervenção. É lamentável que nada tenha sido feito, pois havia recursos”, afirmou Gleisi. Somente em 2014, o Paraná já registrou 18 rebeliões, sendo que 23 agentes penitenciários foram feitos reféns.
Gleisi destacou a importância da integração das polícias no combate à violência e criminalidade e a construção de centros de controle e monitoramento regionais. “Em Pinhais temos um exemplo de integração das polícias militar e civil, guarda municipal e Polícia Rodoviária Federal. Por toda a cidade existem câmeras que fazem o monitoramento 24 horas das praças, ruas e avenidas. A Prefeitura conseguiu reduzir em mais de 50% o índice de criminalidade. Podemos fazer isso regionalmente, por todo o Paraná.”
Ela anunciou que irá criar um patrulhamento policial específico para casos de violência contra a mulher, a Patrulha Maria da Penha, inspirado no modelo da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e do policiamento comunitário exercido em Curitiba. “As mulheres são as vítimas mais fáceis. Ter uma patrulha que possa ser acionada e rapidamente chegar ao local para auxiliar a vítima é fundamental.” A candidata destacou a incapacidade do governo estadual em mobilizar as forças policiais para solucionar crimes contra as mulheres, como o assassinato da menina Tayná.
A candidata também se comprometeu a criar a Casa da Mulher Paranaense, um centro de atendimento a mulheres vítimas de violência. “O ideal é ter uma casa deste tipo em casa região do estado”, disse Gleisi.
Durante uma hora de conversa com os estudantes, Gleisi falou ainda sobre propostas para saúde, educação, infraestrutura, governo digital e combate à discriminação. “Temos ainda muita intolerância. Vamos instituir o Conselho Estadual de Direitos Humanos, debater com a sociedade formas de se combater todo tipo de discriminação. Também vamos capacitar os servidores públicos da saúde, educação, segurança e outras áreas para que possamos ter políticas afirmativas de tolerância.”
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