TSE decidirá sobre resolução que impede candidaturas

Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publi­cada em dezembro do ano pas­sado, pode mudar os rumos das eleições para prefeito neste ano. Essa decisão (resolução 23.455) proíbe os partidos políticos de lançarem candidatos próprios e a participarem de alianças nos municípios nos quais não haja diretório registrado.
Isso inclui locais onde os par­tidos estejam funcionando com as chamadas comissões provisó­rias. De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral/SP, apenas seis partidos possuem diretórios permanentes em Ri­beirão Preto: PT, PMDB, PSDB, PCB, PCdoB, PSTU.
O líder de governo munici­pal, vereador Genivaldo Gomes (PSD), acredita que a resolução seja derrubada, mas não vê im­pacto negativo na sua legen­da, caso a decisão do TSE seja manter o documento em vigor. “Nosso partido tem tudo regu­larizado, documentação, direto­ria, tudo conforme a lei. Há um trâmite legal que foi cumprido junto aos diretórios estadual e nacional”, declarou.
Falta do número mínimo de filiados, que participam das convenções partidárias, é uma das obrigatoriedades para a manutenção do diretório. Man­tida a resolução, candidatos sem diretório municipal preci­sarão mudar de legenda na ja­nela agora em março.
“É uma resolução que pode limitar o aparecimento de alguns candidatos e dificulta a ação dos partidos de aluguel, que servem apenas a estratégias de coligação. Também é um bom critério de análise para o eleitor, se o partido não se organiza internamente, como seria um plano de gover­no? Quem mudar na última hora será que tem compromisso com a filosofia partidária?”, refletiu o petista Beto Cangussu.
Nesta semana o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Dias Toffoli, recebeu advogados que representavam os interesses de cerca de 20 partidos. O pedido é para que a resolução seja reexaminada pela corte e a expectativa, segundo participan­tes da reunião, é de que a questão possa já ser avaliada na próxima reunião plenária do TSE, nesta quinta-feira 18.
Nacionalmente, mais de uma dezena de legendas, de diferentes posicionamentos políticos, de PSDB a PT, DEM, PPS, PSB, So­lidariedade e, mais recentemen­te, até PCdoB, PSOL e PRB, se uniram para compor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a resolução.
Agora, os partidos vão aguar­dar a decisão do TSE para decidir se seguem ou não com o recurso no Supremo. Os partidos enten­dem que a resolução cria insta­bilidade jurídica e pode impedir que comissões provisórias lan­cem candidatos próprios onde esses partidos não têm diretórios municipais estabelecidos.
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