Abi afunda Richa nacionalmente

O governador Beto Richa, que sonhava peitar Aécio Neves na convenção nacional do PSDB, em 2018, que decidirá com qual candidato os tucanos irão disputar a Presidência da República, viu seu prestígio afundar bem fundo por causa dos atos de corrupção praticados pelo primo, Luiz Abi Antoun. O desprestígio de Richa é tamanho, que ele foi desaconselhado a ir levar solidariedade ao colega governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que perdeu um filho num acidente de helicóptero. Assim, restou a Richa a emissão uma burocrática nota de pesar.
Beto-Surfa-II
Os tempos de surfista de Richa ficaram para trás. Agora, ele não pode aparecer em público com medo de vaias e é rejeitado até pelos amigos. Restou-lhe uma saída: sumir do mapa.
Os principais líderes nacionais têm evitado o governador paranaense desde que ele virou uma das estrelas da corrupção no País, com aparições constantes no Jornal Nacional, da Rede Globo, e em outros veículos de grande penetração. Richa tem esperado, sentado, a manifestação de solidariedade de líderes como Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e outros graduados tucanos. Mas não houve solidariedade alguma, além de sinais claros de que Richa tem que agir com rigor com quem rouba o dinheiro público.
Richa preferiu, em vez disso, empurrar este nebuloso caso de gatunagem do dinheiro dos paranaenses para baixo do tapete. Primeiro, negou que Abi fosse parente; depois, confessou que ele era um “primo de sétimo grau, mas que não tinha influência alguma no governo”. As provas coletadas perlo Ministério Público, por meio do Gaeco (Grupo de Atação Especial de Combate ao Crime Organizado) mostram justamente o contrário. Luiz Abi Antoun era uma espécie de segundo-governador, às vezes dando mais ordens que o primeiro, ou seja Beto Richa.
A colaborar com a versão do Gaeco veio uma postagem no “facebook” feito pelo irmão da primeira-dama, Fernada Richa, Avelino Antônio Vieira Neto. No post, Avelino deixa claro que o cunhado não manda nada, “porque quem exerce o governo de fato” é o Luiz Abi.
Diante deste quadro, os principais líderes de oposição à presidenta Dilma, principalmente os tucanos, preferiram  se afastar do governador paranaense. Inclusive um sinal foi disparado, alertando para que Richa não fosse a São Paulo durante as cerimônias fúnebres de Thomaz Alckmin, porque seria mal recebido. Com este cenário tenebroso, restou ao governador paranaense o consolo dos desprezados: fazer uma nota de pesar e sumir do mapa. E foi o que Richa fez.  É uma situação muito triste para quem, há pouco tempo, surfava em popularidade e hoje já não pode andar nas ruas sem ser vaiado. E pior ainda: é enjeitado até por aqueles que ele imaginava amigos…

Facebook-Beto
Beto Richa quis fazer uma “média” no “facebook” com o tio da Fernanda Richa, José Eduardo Vieira. E se deu mal. Levou um esculacho do cunhado Avelino Antônio Veira Neto.
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