Exaltado e raivoso. Assim estava o governador Beto Richa na manhã desta terça (31), quando recebeu vários prefeitos e deputados no Palácio Iguaçu, com o pretexto de liberar recursos para os municípios. Sem mais nem porque, o governador perdeu as estribeiras e fez um discurso confuso e de ataques ao GRPCom. Muitos deputados se entreolharam sem entender o que se passava com o governador.
“Querem acabar com a minha vida. Não vou me curvar para alguns veículos da imprensa, mesmo que seja para um império de comunicação”, disse o governador. Em seguida, lembrou da vida honrada do pai, José Richa, e do legado que ele deixou. “Vou defender este legado”, bradou, como se estivesse num comício.
A ira santa do governador contra o GRPCom, a quem chama de “império do mal”, vem das denúncias, bem fundamentadas, que a Gazeta do Povo e a RPC-TV vêm fazendo nos últimos dias e que envolvem casos de corrupção no Palácio Iguaçu, com a participação do primo de Richa, Luiz Abi Antoun. E a gota d’água para estressar de vez o governador foi a reportagem veiculada ontem (30) no Jornal Nacional,que escancarou para todo o Brasil, os vergonhosos casos de corrupção que assombram o outrora exemplar governo que queria dar lição de moral na presidente Dilma.
Com a casa caindo, o governador virou uma “pilha de nervos”. E por qualquer motivo, “engrossa”. Ele não veio a público, ainda, demonstrar toda sua brabeza com quem fez a maior parte desta lambança revoltante: o primo, Luiz Abi Antoun. Por que será? Ao atacar o GRPCom, o governador age como a empregada que em vez de limpar a casa, empurra toda a sujeira para debaixo do tapete.
do blog do valdir cruz
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